Voltando a falar do vácuo que, às vezes, sinto do tempo, é por uma questão de mudanças e dos nossos sonhos, bagagens e histórias.
Quando se nasce artista, antes de mais nada, o ser tem uma necessidade vital de expressão, que jamais deve ser tolhida, pelo contrário deve ser incentivada estimulada e amparada. Ah claro, existem várias outras profissões que também são assim, como se fosse uma pré necessidade vital, enfim.
De forma clara e objetiva vamos falar do Teatro, de suas possibilidade e dificuldades neste momento do mundo. Bem, se sabe que o Teatro vinha numa crescente dependência de patrocínios, de leis que apoiassem, pois longe dos tempos que começamos, que os espetáculos eram pagos com as próprias bilheterias, hoje em dia e mais do que nunca, não se sobrevive sem leis e patrocínios. Ai vocês podem me perguntar, ora, mas e as Leis e os Editais? Sim estão ai e sorte de quem consegue atravessar toda a burocracia para chegar a conquistar este benefício. Outra coisa que também é a real, é uma multidão de artistas, cias, grupos e espetáculos para disputa de espaços e teatros. Coisa que nos anos 80, 90 até meados de 2005 não existia. Uma superlotação, um mercado inflado. Uma verdadeira loucura.
Voltando ao meu sonho de ser artista, eu penso: Uau, que loucura, estaria eu dentro de um terreno ensaboado, onde a sensação é escorregadia?
Vocês sabem que atuo e produzo Musicais, desde os anos 80 com minha estreia profissional como atriz em A Chorus Line, Teatro Sergio Cardoso, São Paulo, produção Walter Clark, com quem depois, a seu convite, tive a honra de trabalhar no Rio Hit Parade, na TV Rio. Pois bem de lá para cá, inúmeros espetáculos, shows, produções, filmes, comerciais, etc.
Me formei recentemente em Marketing e tinha uma matéria que falava do sucesso de um negócio, que teria, o lançamento, a crescente, o auge e o declínio. Confesso que não penso assim, acho que o declínio, só acontece se a gestão não acompanhar a evolução dos tempos. Acredito na história, nos valores concisos, na força interior de um mentor. Um diretor, um ator.
Dentro deste panorama, onde ditei várias ideias e fui "seguida", penso em boas palavras para dizer: Que servi de inspiração para muitas Cias, que é hora de lançar mais uma. Assim criei no Sympla uma forma de vender meus espetáculos de forma diferenciada. Espero que o público curta, goste e que assim possamos seguir nesta nova etapa e formato de uma maneira bem inspiradora e criativa. Dá um confere lá!
Se eu tiver que dar um conselho para quem está se formando, diria, aprenda além de ser artista a ter várias outras profissões, para sobreviver com boa qualidade de vida e mais, siga sempre estudando e se aprimorando para ser bom no que faz.