sexta-feira, 6 de março de 2015

O meu caminho!





"De repente o Mundo entrou numa giratória , hiper veloz, rápida e muitas vezes bem rasteira. A arte não pode deixar de criar raízes profundas e nós artistas temos por obrigação não banalizar e sim, aprofundar com sentimentos nobres.
Hoje aos 52 anos, embora não me sinta, é fato! Olhando o filme -curta: DANÇANDO A VIDA, direção Dib Lutfi,  que fiz no ano de 1987 e 1988, pois filmei grávida e acabamos o filme depois de dar a luz e o Felipe ter meses; me emocionei de uma forma muito intensa e profunda. A minha alma, quero disser as nossas almas de artistas já estavam ali, e o filme é um ato de explosão de amor, de uma beleza, técnica sublime, maestria, simplesmente, digno de todos os prêmios.
A dança é um arte incrível, sou feliz por dançar até hoje, nunca ter parado de me descobrir e achar novos caminhos para unir o espírito, o corpo, o sentimento que jorra através dos movimentos, da perfeita simbiose, entre a música e o silêncio que pulsa em pequenas frações de conexão com o Divino.
Desde sempre direcionei meu pensamento e foco as questões do Planeta, das relações humanas e do respeito ao próximo e aos animais. Na época que fizemos esta obra  DANÇANDO A VIDA, nos imbuímos de intuições, de expressividade, não de lógica matemática, mas dos nossos sentimentos. As músicas que escolhemos eram aquelas que tocavam nossa alma. Ficamos enfeitiçados pela obra que estávamos construindo. Hoje anos depois, Felipe já um homem de 27 anos, eu uma mulher feita de 52, assisto este filme e me entendo tanto. É tão bom a gente entender nosso caminho, é tão bom a gente saber construir nosso caminho. Regar de muito amor nosso caminho, acalentar e amparar nossa família e amigos e ainda jorrar energia positiva para o Planeta , como um vulcão em erupção.
Daqui há alguns 30 anos talvez, menos , talvez mais , Deus é quem sabe, quero poder olhar de novo para todo este caminho e ter orgulho de ter nascido, ter orgulho de ter plantado e regado este canteiro, e como artista, nossa muita coisa importante terá que ser construída por mim, que vim para este mundo como uma missão. Quando falo artista, falo bailarina, atriz, musicista, mãe, professora, etc, etc, pois tudo que um artista faz ele faz com a arte de ser artista.
Quando eu varro, limpo, faxino, rego, podo, em tudo tem a alma de uma artista de verdade ali pulsando e se a gente realmente relaxa e se conecta com nosso verdadeiro eu, a gente entra na fluência, assim como uma cachoeira que jorra, é natural, é visceral. Simples e orgânico! " (Maria Lucia Priolli)

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